Voltamos à ativa no Velejaço Farroupilha, depois de um longo e tenebroso inverno, de tempo péssimo e muita chuva. Para mim foi particularmente ruim, não lembro de ter ficado em outra ocasião por 3 ou 4 meses sem velejar desde que recebi o barco, em 2006.
O que importa é que estamos de volta neste Velejaço Farroupilha, que acontece junto com o tradicional Troféu Seival, na Semana Farroupilha (aquela em que os gaúchos comemoram a famosa guerra que perderam há mais de 150 anos).
Fomos brindados com um ótimo dia de sol e bom vento oeste variando entre 15 e 25K, é o velho vento minuano já no seu terceiro dia. Tivemos uma semana de muuuita chuva no estado, consequentemente muita água descendo pela bacia do Guaiba.
Fomos com este comandante, o Ferrugem, o Barba Ruiva, oCapucha -Italiano Safado-, Jorjão -nosso psiquiatra de bordo- , o Magrão Falcetta e o Guga Schimitão.
O percurso foi com largada na ponta do Gasômetro, passando pela farolete 142 defronte ao Beira-Rio e por uma bóia inflável defronte ao Veleiros, daí descendo pelo canal de navegação até a bóia 115, nas imediações da Ponta Grossa, finalmente retornando para a chegada no farolete 134, em Guaíba.
Cuidamos tanto da correnteza na largada que terminamos saindo com alguns segundos de atraso e depois dos tradicionais adversários Molokai (Delta 36') e Aquavit (Frers 36'), que sairam mais por baixo da raia e em vantagem. Outro que largou bem foi o HPE 25, uma máquina de regatas que correu na força-livre, com uma tripulação de estrelados liderada pelo amigo Dodão, ex-campeão mundial de Soling.
Na descida até o Beira-Rio optamos por navegar mais por sotavento dos líderes e assim conseguimos passar o Aquavit antes da montagem do farolete 142, no qual chegamos praticamente junto do Molokai.
Após essa montagem o Molokai e o Aquavit sairam se marcando na orça e desviaram do rumo, nos deixarando livres para navegar para a bóia inflável da regata, quando abrimos alguma vantagem desses dois.
Sequência de fotos da montagem da bóia inflável pelo Friday Night...
... e pelos adversários Molokai ...
... e Aquavit (fotos: divulgação VDS)
A descida até o farolete 134 foi em contravento duro com o vento bem na cara entre 20-25K, sempre monitorando os adversários logo atrás.
Já a perna de través foi muito boa, além da velejada com a turma saboreando uma picanha e uma maminha que já estavam no forno desde a largada, além dos saborosos sandubas da Manoela, a querida do Barba-Ruiva, que brindou o bando de inúteis com essa gentileza.
Optamos por não colocar a vela e ficamos monitorando a turma de trás, o Aquavit colocou o gennaker mas não se sustentou, terminou sendo obrigado a navegar em um ângulo muito mais arribado e certamente perdeu muito tempo com isso.
O retorno da bóia 115 foi uma orça-folgada até a chegada no farolete 134, controlando a distância do Molokai logo atrás e tentando chegar no HPE 25, que havia passado da bóia na descida, só para fazer a ultrapassagem em um barco da outra regata, a Seival.
Faremos muitos outros!!