segunda-feira, 24 de setembro de 2007

22/09/2007 - Velejaço Farroupilha 2007

Foto: Walter Hasenack
O tradicional Velejaço Farroupilha começou em um dia que prometia ser bem xarope, com muita chuva e um vento fraquíssimo rondando entre N e NE, fazendo com que a largada e a primeira parte da regata fossem uma boa de uma loteria, com muitas rondadas e incontáveis jaibes, o que não é o nosso forte em função do gennaker assimétrico.
O tripulante-fotógrafo Walter

Estamos na tripulação com este comandante, Ferrugem, Guili e Wally se revezando na função de "papagaio de pirata", além do brucutú Cylon, nosso psiquiatra de bordo Jorge e o Walter Hasenack, este um grande fotógrafo e amigo novo trazido pelo Cylon. Antes da regata o Jorge nos faz uma proposta indecorosa, impublicável, na falta de uma roupa de tempo completa para encarar toda aquela chuvarada.

A disputa na regata não teve nada de especial, mas aquele dia xarope terminou nos proporcionando uma bela velejada, com o vento firmando entre S-SE de cerca de 15K na ida a partir da Ponta Grossa e na volta inteira desde o farolete 114. A volta inteira foi de gennaker, que dessa vez se prestava super bem para a intensidade e ângulo do vento, até a chegada no farolete 134, junto a Ilha do Presídio.

Foto: Walter Hasenack

Lamento apenas que estes Velajaços Farroupilha, a versão para barcos não medidos do Troféu Seival, tenham este percurso tão curto. Tudo bem não fazer a Seival inteira e suas cerca de 70 milhas, mas no mínimo as bóias de fora de Itapuã poderiam ser consideradas, para dar um gostinho da Lagoa dos Patos na turma.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

28/04/2007 - Regata do Batom - Chico Manoel

Foto: divulgação VDSUm evento totalmente familiar esta regata do batom até a Chico Manoel, cuja regra básica é que cada barco tenha o mesmo número de mulheres e de homens.

Nossa tripulação é formada por duas famílias, uma deste comandante, a Susi e o Rafa (3 anos) e outra do casal Guili & Tina, nossos bi-cunhados (sim, para quem não sabe ele é meu irmão e ela é irmã da Susi) e a pequena Ana Carolina (um ano e dez meses).
Foto: divulgação VDS

Com as patroas e as crianças a bordo era óbvio que iria rolar algum stress com as adernadas e o conforto a bordo, foi exatamente isso o que aconteceu. Largamos no pelotão da ponta entre os mais de 20 barcos, destacando-se na briga o Shogum (Fast 395 do Com. Marcelo Caminha) e o Delta 36 Molokai do Newton Aerts. O vento S-SE de 10-15K logo apertou para 15-18K, o que fez com que optássemos por enrolar a genoa 2 e armar o barco com a genoa 3 trinquetta no estai intermediário, uma solução muito mais de conforto "horizontal" do que de desempenho, em função da tripulação totalmente amadora e pseudo-feminino-infantil.

Esta armação deixa o barco muito mais macio nos contraventos mais fortes, já que traz a testa da genoa muito mais para o centro do barco, mas o ponto de equilíbrio entre ela e a armação tradicional com a G2 no enrolador é lá pelos 16-17K reais no contravento Abaixo disso o barco perde potência.

No meio do caminho fomos ultrapassados pelo Shogum, que logo em seguida parou por algum problema de adriça. Fomos bem até o final, já após a Ponta do Arado, quando o vento amainou e tomamos um super bafo na nuca do Molokai, que vinha com mais potência com a armação tradicional da G2 no estai de proa. O timoneiro Guili assumiu no final, com uma boa briga de algumas cambadas "na cara", onde até a Susi tirou uma competitividade regatística sabe-se lá da onde: "- Camba na cara, camba na cara", gritava ela.

No final chegamos uns poucos segundos na frente, para posterior celebração em um grande carreteiro no galpão da ilha, onde tivemos uma agradável noite boa viola e declamações dos amigos, com o Com. Henrique Ilha, do Aquariano, nos brindando com uma espetacular interpretação dos versos da "Camicleta", poesia gaudéria "livre" cuja letra tentei de várias formas encontrar até na internet, mas não consegui.

Foto: Danilo Chagas Ribeiro

Fotos: divulgação VDS







No dia seguinte foi churrasco ao meio-dia com retorno à tarde, em um final de semana clássico no nosso outono gaúcho.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

31/03 a 1°/04/2007 - Rio Grande - Porto Alegre

Deixamos o barco durante a semana com o marinheiro Eliandro do RGYC (053-91341970), tudo super tranquilo.

Tripulação com Fred, Ferrugem, Wally, Cassio e André Burger, este último que "se convidou" na sexta à tarde mesmo. Como aqui não tem frescuras e são todos bons amigos, vamos lá!! Saímos de POA de ônibus para RGR, o tom engraçado é que eu tive a capacidade de comprar as passagens no dia anterior e colocá-las para lavar dentro da camisa que eu estava usando no dia. Então na sexta dia 30/03 teve que rolar um blá-blá-blá para conseguirmos embarcar, mas no fim tudo se resolveu. Encontrei o Cassio na lancheria Havai da rodoviária, mandando uma brahminha e devidamente paramentado com a mesma camisa havaiana que aparece no vídeo mais abaixo. Chegamos em RGR perto da meia-noite e fomos direto para o clube.

Saímos do RGYC no sábado às 10hs com calmaria, somente a motor pelo início do canal da feitoria, com 1,5k de corrente favorável. Almoço de contrafilé ao forno, by Cassio.

O vento entrou bem no final da Feitoria, nas proximidades da ilha Deodoro, de SE 10-15K. A partir daí foi navegada show de bola, com orça folgada até o Dona Maria e través e 3/4 de popa logo após, com pequena rondada do vendo para leste, mantendo a intensidade.

Mantivemos velocidade sempre acima de 7K, normalmente entre 7,5 e 8K, com pico de 9,5K em uma descida de onda. O barco veleja macio, sem pancadas, um espetáculo. Noto alguma água no paiol das baterias, com o barco bastante adernado a BB, requer atenção para a água não subir e molhar o painel elétrico.

Janta de pizza já na altura do Cristóvão Pereira, com 5 a bordo estamos fazendo quartos de 2h de vigília para 3h de descanso, a cada hora tem troca e sempre temos 2 na ativa.

Entrada em Itapuã às 03:50 de 1°/04, com chuva e o vento se mantendo constante nos 15-18K de leste. Chegada no VDS às 07:45, computamos total trip 153MN em 21h45min, com velocidade média de 7,2K, muito bom!

Encaminhei o assunto das mangueiras de esgotamento e da entrada de água com o pessoal da Delta, que vai vedar o compartimento das baterias de serviço.

Fred



Vídeo do Comandante: olhem só a belezura da camisa náutica do Tio Cacá:

segunda-feira, 26 de março de 2007

23 e 24/03/2007 - Cruzeiro Porto Alegre-Rio Grande

Cruzeiro Porto Alegre-Rio Grande, organizado pelo http://www.popa.com.br/ , VDS e Rio Grande Yacht Club-RGYC, em comemoração ao bicentenário do Almirante Tamandaré. Tripulação: Fred, Ferrugem, Guili e Capucha.

Saída do VDS sexta dia 23 às 15:30 com o Ferrugem em solitário, que foi nos pegar no Clube Náutico Itapuã-CNI, para economizarmos tempo de saída visto que o resto da turma do cruzeiro (bando de vagabundos!) havia saído na quinta-feira à noite. Entrada muito cuidadosa no CNI em função do calado (mínimo registrado 2,0m, com água alta na época).

Deixamos o CNI às 19:40 (bom arranjo se não fosse o taxi de R$ 108 desde o VDS), com entrada na Lagoa dos Patos às 20:40, após pequena encostada no fundo nas proximidades do cotovelo de Itapuã (criei o waypoint SHL004 no posição 30°20.623S 51°03.449W).

Vento lesta 8-10K por pouco tempo infelizmente, com rondada p/ SW 15-20K entre a ilha da Barba negra e o farolete Rio Negro. Janta de pizza by Capucha com turnos de 2 em 2h e trocas intercaladas (a cada hora troca um), ficando sempre 2 em vigília.

Descida da lagoa com vela grande e motor a 2.900rpm, muita pancada em ondas altas e curtas, com o barco fazendo alguma água pelas gaiútas e WC. Aterramos para leste após o banco Dona Maria indo quase até o farolete Capão da Marca (em terra), onde tiramos o motor após rondada do vento para para S-SE 8-12k, às 6hs da manhã.

Pegamos uma rede de pesca próximo ao Bojurú, sem maiores problemas, com navegada neste trecho em vela mestra e G3, mais tarde substituída pela G2 em bordo mais arribado.

Entrada no canal da Feitoria às 12:50 de 24/03, com registro de chegada pelo navio balizador da Marinha e almoço de lazanha c/ maminha ao forno. Passamos a ilha Deodoro às 13:15, navegando pelo track da rota no GPS, pois este trecho da Feitoria é bem confuso, com uma profusão de taquaras invadindo o canal de navegação. Chegada no RGYC às 18:30 de 24/03, total moving time de 25h39min e total trip 160mn. Jantamos panquecas by Susi no trapiche do clube.

Registro a ótima organização do evento, suporte da Marinha e estrutura do RGYC, com os amigos Guto e (comodoro) Luizinho.

Descobrimos problema no esgotamento de água do barco, as mangueiras estavam simplesmente invertidas entre o poceto e a caixa selada da saída do ralo do banheiro. Uma tubulação (da caixa selada) tinha uma bomba em cada ponta enquanto que a outra (do poceto)não tinha nenhuma, portanto a água teria que adivinhar que deveria sair por ali. Ridículo!

Retorno a POA de ônibus dia 25 às 17:30 com chegada 22:30.

Fred


PS - Abaixo o vídeo compilado pelo http://www.popa.com.br/ , com a imagem do Friday Night bem no início, em tomada de helicóptero feita pela RBS TV de Rio Grande:


sábado, 3 de fevereiro de 2007

02 e 03/02/2007 - Itapuã / Praia do Sitio / Praia de Fora

Sabadão básico de verão e conseguimos alvará do pequeno Rafa, que ficou no final de semana com as vovós.

Resolvemos eu e a Susi dar uma velejada um pouco maior e terminamos indo até Itapuã, numa boa velejada de S-SE fraco/médio, em boa parte ajudada por motor.

Chegamos a Itapuã e fomos ancorar na Praia do Sítio, pegando um belo por-do-sol na companhia de uns outros 10 barcos.

Jantamos a bordo e dormimos uma noite muito tranquila por alí mesmo, sendo que no outro dia acordamos preguiçosamente e resolvemos dar uma saidinha até a Praia de Fora, onde terminamos ancorando para almoçar. Somente com vento muito fraco a Praia de Fora é uma ancoragem perfeita, então aproveitamos para ficar por alí mesmo e curtir um visual de praia deserta quase virgem.











Na volta após o almoço saímos pegando o alinhamento das bóias de fora de Itapuã, que sinalizam a entrada do Guaiba para quem vem da Lagoa dos Patos, sendo que por alí mesmo colocamos o gennaker, que só viríamos a retirar já na frente do Veleiros. A vela é perfeita para essas navegadas com pouca ou nenhuma tripulação, no vento fraco os jaibes são tranquilos, vale apenas algum cuidado especial com os cabos da camisinha que ensaca a vela, pois eles facilmente se enroscam e numa dessas podem complicar as manobras.

Ótima navegada e ótima parceria, são esses os momentos que fazem valer todo o investimento no barco. Esperamos fazer muitos outros.

domingo, 14 de janeiro de 2007

14/01/2007 - Solitário no Guaiba

Velejada curta e despretenciosa em solitário em um domingão com sol com um estranho vento NW, raríssimo nesta época do ano. Subi até o cais do porto para voltar de balão (ou gennaker armado como balão, neste caso).

Velejar solitário com esta armação é sempre um desafio interessante, pois definitivamente faltam braços para ajustar o amantilho, burro do pau, escotas de barla e sota, além é claro da adriça na hora de baixar a vela. No fim tudo bem, a camisinha nos dá uma ajuda interessante na hora da baixada, sem falar no piloto automático que é fundamental.

Fred