Frio e Minuano
O inverno definivamente deu as caras na regata de aniversário do Iate Clube Guaiba, com a temperatura na casa dos 10-12º, tempo nublado e um Minuano "de respeito", firme lá pelos 22-25K e com rajadas medidas até 35K, sempre de oeste. Pela roupinha básica da turma já deu para ver que o bicho estava pegando.
Estávamos com este comandante, Ferrugem, Barba Ruiva, Guga e Jorge, nosso psiquiatra de bordo. O sexto elemento era outro da área médica, o ilustre "pererequista" Ernesto Guedes, velejador das antigas em Pinguins e outros gordinis afins, mas que na última hora arrepiou. Ficamos achando que foi do frio mas parece que ele teve algum atendimento, então tudo bem, fica para a próxima.
Largamos um pouquinho atrasados defronte ao ICG e ao Veleiros, com genoa 3 no estai intermediário e a mestra no 2º rizo, já que logo antes da largada registramos alguns momentos de vento firme acima de 30K. O catamarã Charlie Bravo já pulou na frente levantando um bigode de respeito (aliás, dois bigodes, um de cada casco!), seguido do Piazito Colorado, do Bucaneer e do nosso Friday Night. A saída foi na direção N para o farolete 142 do Beira-Rio, sendo que na volta dessa perna, de través, mudamos a mestra para o 1º rizo e chegamos a abrir a G2 por alguns momentos, para depois voltar para a G3 no longo contravento da bóia na frente dos clubes até o farolete 134.
"Pendurado no Pincel"
Fizemos esta subida de contravento um pouco mais ao sul e por fora do canal de navegação, para evitar uma cambada logo no início da perna, já que até aquela altura ainda estávamos com alguma esperança de pegar o Bucaneer que ia mais a frente. Terminamos passando perigosamente perto da Pedra do Gastão defronte ao Sava e nas proximidades do farolete 123 chegamos a dar uma leve encostadinha em um banquinho de um lodo bem macio (no ponto S30 06.388 W51 17.017), mas que nem chegou a travar o barco pois imediatamente já ficou fundo novamente.
Montamos a 134 já mais atrás do Bucaneer, que navegou muito bem no contravento, para fazermos a volta que terminou sendo a parte mais tranquila da navegada, com o ventão entrando de través folgado e 3/4 de popa. Terminamos chegando por aí mesmo, atrás dos dois adversários, até poderíamos ter navegado melhor mas a coisa estava complicada com o barco perdendo o leme e andando no seu limite. Acho que ficamos no lucro só por termos chegado com o barco e velas inteiros, pois cheguei a me preocupar por alguns momentos de manobras em rajadas mais fortes (que tal um jaibe aos 32K?).
Ficam nossos cumprimentos aos adversários e estaremos juntos novamente em breve. Abaixo o nosso percurso e dois videos do cinegrafista Barba Ruiva, de quando as coisa já estavam mais tranquilas na volta com o vento folgado.